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  • Os queijos da Emilia-Romagna: PARMIGIANO REGGIANO DOP

    APRESENTAÇÃO 

    Há viagens fascinantes que ocorrem em lugares e no tempo, entre histórias e tradições que movem emoções e razões. E às vezes a melhor parte é o retorno. Para o Parmigiano Reggiano é assim.

    Seu sabor único e inimitável é o retorno de uma longa viagem em nove séculos de história, em uma área de campo fértil que vai dos Apeninos ao rio Pó, em criadouros e laticínios onde se conserva a paixão pelas coisas feitas com muito cuidado, em locais de maturação nos quais o queijo amadurece lentamente, o que de melhor os homens podem e sabem fazer para oferecer uma parte inconfundível da natureza.

    O Parmigiano Reggiano é um queijo extraordinário, surpreendente em seus aromas e sabor, típico na sua estrutura.

    Vamos verificar porque o Parmigiano Reggiano por nove séculos é considerado o rei dos queijos.
    HISTÓRIA
    O Parmigiano Reggiano sempre foi na história uma expressão de sua terra e da Itália. Suas origens, que são antigas e nobres, remontam à Idade Média.

    As intensas atividades agrícolas e de recuperação de terras (aterros) relacionadas aos mosteiros beneditinos e cistercienses das planícies de Parma e Reggio Emilia levaram ao desenvolvimento das grancie (propriedades agrícolas), onde começaram a desenvolver a criação de vacas úteis para o trabalho agrícola e a produção de leite.

    Assim, começou o desenvolvimento de uma produção de queijo possível, graças à disponibilidade de sal das salinas de Salsomaggiore, que caracterizou fortemente os territórios de origem e a sua agricultura.

    Em particular, como já ressaltamos anteriormente, os monges foram os primeiros produtores de Parmigiano Reggiano, conduzidos pela busca de um queijo que tivesse a característica de durar ao longo do tempo.

    Eles obtiveram esse resultado secando a massa e aumentando o tamanho das formas, permitindo que o queijo assim fosse conservado e, portanto, viajasse, afastando-se da área de produção.

    Esta característica foi a sorte do Parmigiano Reggiano, que pode assim viajar ao longo dos séculos por todo o mundo, tornando-se uma expressão autêntica, do que hoje se diz, do Made in Italy agroalimentar.
    Historicamente, o berço do Parmigiano Reggiano foi no século XII. Ao lado dos grandes mosteiros e poderosos castelos surgiram os primeiros caselli: pequenos edifícios de planta quadrada ou poligonal onde ocorria o processamento do leite. Os principais mosteiros presentes entre Parma e Reggio nell'Emilia eram quatro: dois beneditinos (San Giovanni em Parma e San Prospero em Reggio Emilia) e dois cistercienses (San Martino di Valserena e Fontevivo, ambos na região de Parma).

    Para ter pastos com boas produções para serem destinados a criação de gado de grande porte, que por sua vez serviam tanto como força motriz quanto fonte de fertilizante, era necessário ter propriedades com muita água, e, não é por acaso que os maiores pastos foram formadas onde havia abundância de água de nascente: em Parma na área ao norte da cidade e em Fontanellato-Fontevivo; enquanto em Reggio o território com maior quantidade de água estava entre Montecchio Emilia e Campegine (esta última área pertencia então a Parma).

    Na região de Parma, graças também às salinas de Salsomaggiore, estava presente, ao contrário de outras cidades, o sal necessário para processamento de queijo.

    Os primeiros depoimentos sobre a comercialização do Parmigiano Reggiano são do ano de 1200. Na verdade, um ato notarial elaborado em Gênova em 1254 atesta que, desde então, o caseus parmensis (o queijo de Parma) era conhecido em uma cidade tão distante da sua área de produção.

    No século XIV, as abadias dos monges beneditinos e cistercienses continuaram a desempenhar um papel fundamental na definição da técnica de fabricação. Isso levou à expansão do comércio na Romagna, no Piemonte e na Toscana, de cujos portos, especialmente o de Pisa, o queijo produzido em Parma e Reggio atinge também os centros marítimos do Mar Mediterrâneo.

    O testemunho literário mais conhecido é de 1344: Giovanni Boccaccio em Decamerone descreve o distrito de Bengodi e cita uma montanha de "parmesão ralado" sobre a qual vinham enrolados "macarrão e ravioli", dando assim uma indicação do uso que se poderia fazer na cozinha. Isto leva a supor que suas origens remontam a vários séculos antes.
    Além do Decameron de Boccaccio, o Parmigiano Reggiano é mencionado em outro livro famoso, a Ilha do Tesouro (de 1883), de Robert Louis Stevenson, onde ficou escrito no diálogo do Doutor Livesey com Jim, o protagonista do livro: “Viu meu porta fumo, não é? Mas você nunca me viu fumando um cigarro; a razão é que nela mantenho um pedaço do queijo parmigiano, um queijo feito na Itália e muito nutriente”.

    Não se exclui que a receita seja semelhante à de um queijo de Piacenza chamado precisamente "il Piacentino" e a um outro chamado lodigiano (il Granone Lodigiano) de massa dura que, às vezes, encontramos citado de passagem em fontes romanas.

    O Parmigiano Reggiano rapidamente se espalhou para nas redondezas da área situada ao sul do rio Pó, nas províncias de Parma, Reggio nell'Emilia e Modena, também tocando uma parte das províncias de Bologna e Mantova.

    O Parmigiano Reggiano é um famoso queijo DOP, de massa dura, feito com leite cru, parcialmente desnatado por afloramento, sem adição de aditivos ou conservantes.

    Desde a Idade Média, quando os monges beneditinos começaram a produzir essas grandes formas destinadas a uma longa maturação, o homem só juntou suas mãos à natureza, deixando-a intacta e melhorando exclusivamente o que do homem dependia.

    Guardiões e intérpretes dos segredos ligados ao absoluto processamento artesanal do leite são os maestri casari (mestres do queijo), que em centenas de laticínios artesanais realizam os mesmos gestos diariamente, que à experiência pessoal e sensibilidade se ligam indissoluvelmente resultados sensivelmente apreciados pelos gostos e aromas.
    Na Emilia de 1400, há um desenvolvimento econômico adicional com o surgimento de algumas famílias aristocráticas cujo poder se baseava na produção agrícola de seus feudos. Os proprietários de terras e as abadias concorreram juntos para um aumento da produção e nas planícies de Parma e Reggio Emilia, a produção difundiu-se onde havia a possibilidade de se ter forragem. O tamanho das formas aumenta, até chegar ao peso de 18 kg cada.

    O queijo produzido em maio era considerado o melhor (o chamado "maggengo"). O Parmigiano era muito apreciado e comido em banquetes do Renascimento.

    No século 16, a Emilia parecia estar em expansão agrícola e comercial, e entre os produtos produzidos o queijo desempenhava um papel fundamental. Além das abadias e dos senhores feudais, que aumentaram o investimento na produção de queijos, afirma-se uma categoria de comerciantes-proprietários de vacas de leite não nobre e artesãos urbanos, que continuaram a investir em "vacas", com o desenvolvimento do chamado "vaccherie" (estalas). Às vaccherie dos proprietários foi anexado o laticínio, para transformar o leite do proprietário ao qual adicionava o leite das estalas dos pequenos produtores camponeses e meeiros, que ajudavam o casaro (mestre ou artesão do queijo) por sua vez. O laticínio era, portanto, chamado de turnario e, desde então, expressou sua função, mantida e desenvolvida ao longo dos séculos, como um ponto de referência produtivo, econômico e social.
    Nestes anos, a produção de Parmigiano afirma-se também na província de Modena graças aos beneditinos.

    A produção mais apreciada comercialmente variava do queijo Maggengo (de maio) ao Settembrino (de setembro), meses em que as vacas podiam desfrutar das abundantes pastagens das planícies.

    A comercialização de queijos continua a expandir-se: em Parma estavam presentes comerciantes chamados formaggiai ou lardaroli que também vendiam salames a comerciantes de outras terras, especialmente milaneses e cremoneses, que vinha à praça de Parma procurar queijo.
    O queijo então começou a se expandir em toda a Europa e era costume encontrá-lo na Alemanha, nas Flandres, na França e há uma indicação do seu uso na Espanha. As formas de "exportação" eram sempre as maiores. O Parmigiano é mencionado pelos chefs da época em diferentes receitas de massas ou doces.

    No século XVII, o Duque de Parma Ranuccio I Farnese otimiza e expande a produção de alimentos de seu ducado, favorecendo as pastagens e construindo grandes vaccherie.

    O desenvolvimento comercial e a necessidade de proteger comercialmente o produto de outros queijos similares, como Piacentino e Lodigiano, levaram o Duque de Parma a oficializar a denominação de origem por um ato de 7 de agosto de 1612.

    No documento definiam-se os lugares dos quais deveriam originar o queijo que poderia ser denominado di Parma: esta data marca o início da história da Denominação de Origem, agora reconhecida na Europa.

    Em 1700, a vida nos ducados de Parma e Modena é marcada pelas contínuas guerras e o peso das requisições militares atinge a área rural que tem dificuldade também na produção de queijo.

    O ducado de Modena tenta modernizar a área rural, expropriando as terras destinadas aos conventos ou mosteiros, vendendo-as para a então burguesia emergente. A economia agrícola de Reggio Emilia e de Modena torna-se mais competitiva.

    No Ducado de Parma, por outro lado, a área rural permanece socialmente mais silenciosa, mas economicamente menos competitiva. Desta forma, a quantidade e qualidade do queijo Parmigiano produzido no final do século caiu, enquanto na região de Reggio (Reggiano), pelo contrário, manteve-se em bons níveis. Com o advento do regime napoleônico e a perda para Parma dos últimos territórios férteis além do rio Enza, acentua-se a crise do queijo Parmigiano.
    O queijo então começou a se expandir em toda a Europa e era costume encontrá-lo na Alemanha, nas Flandres, na França e há uma indicação do seu uso na Espanha. As formas de "exportação" eram sempre as maiores. O Parmigiano é mencionado pelos chefs da época em diferentes receitas de massas ou doces.

    No século XVII, o Duque de Parma Ranuccio I Farnese otimiza e expande a produção de alimentos de seu ducado, favorecendo as pastagens e construindo grandes vaccherie.

    O desenvolvimento comercial e a necessidade de proteger comercialmente o produto de outros queijos similares, como Piacentino e Lodigiano, levaram o Duque de Parma a oficializar a denominação de origem por um ato de 7 de agosto de 1612.

    No documento definiam-se os lugares dos quais deveriam originar o queijo que poderia ser denominado di Parma: esta data marca o início da história da Denominação de Origem, agora reconhecida na Europa.

    Em 1700, a vida nos ducados de Parma e Modena é marcada pelas contínuas guerras e o peso das requisições militares atinge a área rural que tem dificuldade também na produção de queijo.
    O ducado de Modena tenta modernizar a área rural, expropriando as terras destinadas aos conventos ou mosteiros, vendendo-as para a então burguesia emergente. A economia agrícola de Reggio Emilia e de Modena torna-se mais competitiva.

    No Ducado de Parma, por outro lado, a área rural permanece socialmente mais silenciosa, mas economicamente menos competitiva. Desta forma, a quantidade e qualidade do queijo Parmigiano produzido no final do século caiu, enquanto na região de Reggio (Reggiano), pelo contrário, manteve-se em bons níveis. Com o advento do regime napoleônico e a perda para Parma dos últimos territórios férteis além do rio Enza, acentua-se a crise do queijo Parmigiano.

    Com Napoleão, no início do século XIX, as grandes posses eclesiásticas foram canceladas e as terras adquiridas pela burguesia.

    Os laticínios dos nobres ou dos proprietários burgueses, quase todos os "turnari", são construídos na típica forma octogonal, caracterizando as áreas de produção e permanecem ativos por 120-180 dias por ano, quando as vacas têm a oportunidade de desfrutar do pasto.
    Comercialmente, neste século, a melhor qualidade é alcançada no Reggiano e, mais particularmente, no queijo do município de Bibbiano: a Società Bibbianese per il Commercio del Formaggio apresenta seu produto nas cidades da Itália e no exterior.

    Até a grande cozinha francesa participa da propagação do Parmesão em todo o mundo.

    Ao longo dos séculos, o Parmigiano Reggiano não mudou os métodos básicos de produção: hoje, como na Idade Média, a produção ocorre naturalmente, sem aditivos.

    Mas, no início de 1900, a introdução de algumas inovações importantes, ainda atuais, como o uso de soro e do aquecimento a vapor, melhoram a qualidade do queijo e mudam lentamente a estrutura dos laticínios.

    Para as propriedades produtivas, uma grande ajuda vem da introdução das cooperativas como forma societária.
    FORMAÇÃO DO CONSÓRCIO DE TUTELA
    A necessidade de proteger o produto de queijos similares, que começam se estabelecer no mercado e que são confundidos com o Parmigiano e o Reggiano, leva à formação do Consórcio.

    O Consórcio tem origem no ano de 1901 quando a Câmara de Comércio de Reggio Emilia propõe a constituição de um sindicato entre produtores e comerciantes de queijo, a fim de autenticar a origem do produto destinado à exportação.

    Em 1909, os representantes das Câmaras de Comércio de Parma, Reggio, Modena e Montova se reuniram para discutir a aplicação de uma marcação do queijo grana produzido naquelas quatro províncias e para discutir se o nome deve ser Parmigiano ou Reggiano. A Câmara de Comércio de Parma prepara um regulamento para a marcação do queijo Parmigiano com uma marca composta por um escudo, sobre o qual é colocada a coroa ducal, com as letras F.P. (Formaggio Parmigiano). A Câmara de Comércio de Reggio Emilia também cria, para o queijo produzido em sua província, uma marca especial composta pelas letras G.R.E. (Grana Reggiano di Reggio Emilia).

    O processo dessas propostas, no entanto, revela-se lento, não só para os interesses em jogo, mas também para os problemas levantados pela guerra mundial.

    No período pós-guerra, o problema da concorrência se intensificou: nos mercados surgiu o Reggianito argentino, uma imitação sul-americana do Parmigiano Reggiano.
    Em 1926 o VII Congresso Internacional de Lacticínios enfrenta o tema da definição dos nomes dos tipos de queijos derivados das suas regiões de origem para evitar fraudes em detrimento do comprador.

    Em 1928, por proposta da União Industrial e do Conselho Provincial da Economia Corporativa (Câmara de Comércio) de Reggio Emilia, é constituído o Consórcio Voluntário para a Defesa do Grana Reggiano. Após as necessárias aprovações legais, ao Consórcio, hoje chamado Consorzio del Formaggio Parmigiano Reggiano, aderem todos os produtores e o órgão retoma e leva adiante atividade de tutela que continua até hoje.

    Os representantes dos laticínios de Parma, Reggio, Modena, Montova (a direita do rio Po) concordam com a necessidade de aprovar uma marca de origem para o queijo. Assim, em 27 de julho de 1934, foi criado o Consorzio Volontario Interprovínciale Grana Tipico, que adota a marca oval para formas adequadas; tal marca tem a safra e a escrita C.G.T. Parmigiano Reggiano.

    Em 1937, a área de produção é definida com as fronteiras atuais, incluindo os territórios da província de Bologna (esquerda do rio Reno): finalmente, o termo Parmigiano Reggiano é oficializado pela primeira vez em 1938.

    Com a segunda guerra mundial, as atividades sofreram uma acentuada desaceleração: em 1945 a produção foi 40% menor em relação à de 1939.
    Após a guerra, a retomada das relações diplomáticas e comerciais leva à conferência de Stresa de 1951 sobre a denominação de queijos: novos impulsos começaram a estimular a recuperação de Parmigiano Reggiano.

    Em 1954, é aprovada a lei italiana sobre denominações de origem: o primeiro consórcio original foi transformado na atual organização de proteção, o Consorzio del Formaggio Parmigiano Reggiano.

    Em 1955, são definidas as características do produto (o padrão de produção) e, nos anos subsequentes, os objetivos e tarefas do Consórcio são melhor definidos (aos quais aderem voluntariamente todos os laticínios), que são a proteção do produto, a sua promoção e a melhoria técnica.

    Nos anos seguintes, é escrito o regulamento que disciplina a alimentação das vacas, no qual os produtores fazem uma escolha fundamental, que permanece até hoje: a de banir o uso da forragem de silos na alimentação das vacas produtoras de leite e, paralelamente, de proibir os aditivos e conservantes na produção de queijo, uma prática que vai se espalhando na área norte do rio Pó. Assim, são criadas as premissas para a distinção e melhoria qualitativa e organoléptica que levam o Parmigiano Reggiano a ser apreciado em todo o mundo.
    Com a afirmação da Comunidade Europeia e da Política Agrícola Comum, impulsionada pelos países mediterrâneos Itália, França e Espanha, consolida-se o princípio do reconhecimento e da tutela dos produtos de origem, não mais a nível nacional, mas comunitário.

    Como em 1951, durante a Conferência de Stresa, também nesta fase de construção de um novo sistema regulatório, os representantes do Consórcio do Parmigiano Reggiano desempenham um papel importante, representando, ao lado dos ministros da agricultura italiana, os produtores de um dos produtos típicos mais conhecidos e mais imitados do mundo.

    Em 1964, o Consórcio realiza uma de suas medidas mais importantes: a marcação de origem com a escrita pontilhadas da palavra "Parmigiano Reggiano" no lado da forma que deu ao queijo sua aparência externa atual.

    As atribuições do Consórcio eram e ainda e são: a defesa e proteção da Denominação de Origem; a promoção do comércio e do consumo; realização de iniciativas destinadas a proteger a tipicidade e características e produto.
    A DENOMINAÇÃO DE OIRGEM PROTEGIDA
    Em 1992, foi aprovado o Regulamento CEE 2081/1992 sobre Denominações de Origem Protegidas, as DOP. Em 1996, o Parmigiano Reggiano é reconhecido como DOP da Europa.

    Somente o queijo produzido de acordo com as regras do regulamento que disciplina a produção do Parmigiano Reggiano DOP pode se orgulhar e utilizar da marca Parmigiano-Reggiano.

    Estas são etapas fundamentais que permitem a formação de um novo quadro regulatório comunitário, graças ao qual são obtidos importantes sucessos legais nos anos 2000 para a tutela do Parmigiano Reggiano, que, sendo o queijo mais conhecido do mundo, é também o mais imitado.

    Um desses sucessos, talvez o mais importante, é a decisão do Tribunal de Justiça Europeu de 26 de fevereiro de 2008, que sancionou que os termos evocativos da DOP Parmigiano Reggiano como o termo parmesan devem ser reservados para ao queijo autêntico produzido de acordo com a disciplina de produção.

    Os importantes passos normativos e jurídicos na proteção de Parmigiano Reggiano fazem assim escola, tornando mais clara e certa, uma questão que diz respeito aos produtos de origem mais importantes de toda a Europa, em benefício dos consumidores e produtores.

    A DOP Parmigiano Reggiano, com a força de cerca de 380 pequenos e médios laticínios que, em 2012, transformaram o leite produzido de 3500 propriedades, até hoje é confirmado como um dos produtos indispensáveis e incomparáveis da Made in Italy no mundo.

    O Parmigiano Reggiano é feito hoje com os mesmos ingredientes de nove séculos atrás, nos mesmos lugares, com os mesmos conhecimentos de seus rituais. Os mestres queijeiros, hoje como antes, de forma artesanal, continuam a produzir este queijo com leite fino da região de origem, coalho natural, sal e nenhum aditivo.  Trata-se de um queijo protegido há mais de setenta anos pelo Consórcio de Tutela (Consorzio del Formaggio Parmigiano Reggiano) e amado por nove séculos pelo seu sabor sempre generoso.

    O Parmigiano Reggiano deve trazer na parte externa de sua forma as marcações em sua integridade para identificar e distinguir o produto.
    As marcas de origem, gravadas no nascimento do queijo, são: os sinais impressos com a marca da banda ou faixa em todo o lado da forma, que trazem uma a escrita pontilhadas "PARMIGIANO REGGIANO", o número de matrícula do fabricante (laticínio), o mês e ano de produção, a inscrição "DOP", e a inscrição "CONSORZIO TUTELA"; a placa de caseína, aplicada na superfície, mostra a escrita "C.F.P.R." e um código alfanumérico que identifica de modo inequívoco cada forma individualmente.

    Uma forma de queijo Parmigiano-Reggiano deve ter um peso variável entre 30 kg e mais de 40 kg, mesmo que em média seja de cerca de 40 kg. Para produzir uma forma de Parmigiano-Reggiano, leva cerca de 550 litros de leite com uma média de 14 litros por quilograma de queijo produzido.

    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    1. Criação controlada   
    O Parmigiano Reggiano é produzido exclusivamente nas províncias de Parma, Reggio Emilia, Modena e parte das províncias de Mântua e Bologna, entre planícies, colinas e montanhas fechadas entre o Po e o Reno.
    É neste território que se concentram as 4 mil propriedades de criação nas quais as vacas são alimentadas com forragem produzida nesta área.

    É a partir deste profundo vínculo com um ambiente respeitado e protegido que começam a se formar as qualidades únicas que caracterizam o "rei dos queijos”.

    A alimentação dos animais é cuidada em respeito com uma regulamentação rigorosa que impede o uso de forragem de silagem e alimentos fermentados.

    Atualmente, a maior parte da produção de Parmigiano-Reggiano ocorre com o leite produzido por vacas Frisone, introduzidas no território durante o século XX, mas a raça tradicionalmente explorada para a produção de queijo é a Reggiana vermelha, com o tríplice uso (leite, mão-de-obra e carne), provavelmente introduzido pelos lombardos. Sua produção de leite é menor, pouco mais da metade em relação à Frisona, porém de qualidade superior, o que explica o abandono, combinado com o fato de que sua força e adequação em relação ao trabalho se tornaram inúteis com o advento dos tratores.
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    2. Processamento do leite
    Todos os dias, o leite da ordenha da noite é deixado para descansar até a manhã em grandes tanques, nos quais a parte gorda (a nata) aflora espontaneamente, sendo retirada e geralmente destinada à produção de manteiga.
    Juntamente com o leite cru da ordenha da manhã, que acaba de chegar das fazendas, o leite desnatado da noite é então colocado nas típicas caldeiras de cobre em forma de sino invertido, com a adição de coalho de vitelo e soro, rico em fermentos de leite natural obtido a partir do processamento no dia anterior.

    Constantes controles são realizados sobre o leite enviado ao processamento com um objetivo preciso: manter alta a qualidade e aquelas características particulares que permitem ao Parmigiano Reggiano confirmar, como sempre foi, um produto completamente natural, absolutamente desprovido de aditivos ou conservantes.
    O leite coagula em cerca de dez minutos. A coalhada que aparece é fragmentada (cortada) em pequenos grânulos graças a uma antiga ferramenta chamada spino (lira).
    É neste ponto que o fogo entra em cena, para um cozimento que atinge 55 graus centígrados, no final do qual os grânulos de massa precipitam no fundo da caldeira formando uma única massa.
    Depois de cerca de 50 minutos, a massa é extraída, com movimentos experientes, pelo casaro (artesão do de queijos) que utilizada de hastes de madeira e tecido de linho branco. Cortado em duas partes e envolto no pano típico, o queijo é colocado em um molde que lhe dará sua forma definitiva.
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    3. Colocação das marcas de origem
    Colocação das marcas de origem

    Com a aplicação de uma placa de caseína, cada forma de queijo é marcada com um número único e progressivo que o acompanhará, assim como um cartão de identidade. 

    Após poucas horas, uma especial faixa ou banda de marcação é inserida para marcar na forma o mês e o ano de produção, o número de matrícula que identifica o estabelecimento e as inconfundíveis escritas pontilhadas em toda a circunferência das formas.
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    4. Salgatura
    Após alguns dias as formas são submersas em uma solução saturada de água e sal. É um processo de salgadura por absorção que, em pouco menos de um mês, conclui o ciclo de produção e abre o processo de maturação não menos fascinante.
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    5. Maturação: a. Repouso
    No silêncio dos ambientes de maturação, as formas são dispostas umas após as outras em longas filas.
    Para cada uma delas, foram necessários 550 litros de leite, e o constante empenho dos criadores e dos mestres do queijo.

    Mas o trabalho continua. Deixando descansar em prateleiras de madeira, a parte externa do queijo seca formando uma crosta natural, sem tratamentos, portanto, perfeitamente comestível.

    A história do Parmigiano Reggiano é uma longa, mas também é uma história lenta que flui ao ritmo natural das estações.

    A maturação mínima é de doze meses, e é somente neste ponto que se pode dizer se cada forma individualmente pode conservar o nome que lhe foi impresso inicialmente.
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    5. Maturação: b. Controle dos especialistas do Consórcio
    Os especialistas do Consórcio de Proteção examinam cada uma das formas.

    Ao realizar esta operação, o especialista, consciente de sua responsabilidade, executa gestos que, para o leigo, se assemelham curiosamente aos que se verifica em um exame clínico. Seu julgamento é dado após um cuidadoso controle de fatores de qualidade.

    Para isso, é necessário grande experiência e um refinamento tátil, de audição e de olfato.

    Geralmente o especialista utiliza as seguintes ferramentas para a análise da forma de queijo: um martelo de percussão, uma agulha a rosca, uma haste ou sonda

    O exame visual externo da forma é realizado para verificar a conformidade das marcas e da crosta

    A batida ou percussão do martelo na forma de queijo é o modo pelo qual se analisa a estrutura interna do queijo: é, por assim dizer, uma auscultação.

    A extração de uma mínima quantidade de massa através da agulha a rosca permite verificar a resistência que a massa se opõe à penetração, dando indicações de sua consistência. A massa extraída revela o aroma e o grau de amadurecimento

    Corte da forma: é usado excepcionalmente e a ele se recorre apenas no caso de incertezas no julgamento
    FASES DE PRODUÇÃO DA PARMEGIANO REGGIANO
    5. Maturação: c. Garantia do Produto
    Depois da inspeção do organismo de controle é aplicada uma marca a fogo nas formas que preenchem os requisitos da Denominação de Origem Protegida.

    Para as formas que não atendem aos requisitos para a DOP são removidos todas as marcas e a escrita pontilhada.

    Para os mestres do queijo é um dos momentos mais delicado e para os consumidores é a fase mais importante: é o momento de seleção e da certificação de uma garantia absoluta sobre o produto.
    Após esta fase o Parmigiano Reggiano pode ser dividido em duas categorias: o queijo de primeira categoria que evidenciará as marcas originais e de seleção integras e tem excelentes condições para uma maturação longa, e o Parmigiano Reggiano Mezzano, que pode ser reconhecido pelo consumidor pelos sulcos paralelos gravados na forma, é preferível o consumo com curta maturação. Trata-se de formas selecionadas para serem comercializadas como fresca (um termo que pode parecer curioso para um produto que tem um ano de maturação). Esta é a segunda categoria Parmigiano Reggiano chamada "Mezzano".
    Após 18 meses de maturação, a pedido, pode ser colocado nas formas a marca "Extra" ou "Export", mas é acima de tudo um sistema de adesivos coloridos que ajudarão o consumidor a identificar o grau de maturação do produto pré-embalado disponível no comércio.
    Um selo de cor de lagosta caracteriza Parmigiano Reggiano com mais de 18 meses de maturação. É um produto que tem uma base lática bastante acentuada, com notas vegetais como grama, flores e frutas que o tornam ideal para lanches e aperitivos.

    Um selo de cor prata identifica o queijo com uma maturação de mais de 22 meses, com aromas fortemente acentuados. Entre estes, pode-se perceber notas de frutas frescas e cítricas, e frutas secas.

    Finalmente, um selo dourado identifica o produto com mais de 30 meses de maturação, que é mais decisivo em sabor e complexo em aromas, com elementos nutricionais que foram se concentrando precisamente na longa maturação.
    QUALIDADES NUTRITIVAS
    Durante a maturação o Parmigiano Reggiano adquire sua estrutura granulada típica, a possibilidade de ser fraturado em lascas.

    O Parmigiano Reggiano contém apenas 30% de água e 70% de nutrientes: por isso é um queijo rico em proteínas, vitaminas e minerais. É também naturalmente livre de lactose. A ausência de lactose é uma consequência natural do processo típico de produção do Parmigiano Reggiano.

    Facilmente digerível, extremamente rico do ponto de vista nutricional, o Parmigiano Reggiano não perde a oportunidade de se destacar. O sabor único de um produto fabricado sem aditivos, a concentração de proteínas, vitaminas, cálcio e sais minerais o tornam adequado para todas as idades e todas as situações, uma carga de energia útil para todos.

    O Parmigiano Reggiano é um queijo garantido por mais de oitenta anos pelo Consórcio de Tutela e, acima de tudo, amado por nove séculos, pelo seu sabor sempre generoso. Um produto inconfundível e inimitável em sabores e aromas, na produção artesanal, na extraordinária viagem que oferece em um ambiente desenhado por rios, planícies e colinas, em um equilíbrio irreparável entre a sabedoria, a paixão dos homens e as maravilhas da natureza.

    O valor proteico do Parmigiano Reggiano caracteriza-se por ser rico em aminoácidos essenciais (por isto é útil adicioná-lo à massa para completar o espectro de aminoácidos do trigo, deficiente em lisina) e facilmente assimilado, devido à presença de enzimas que modificam a caseína e tornam-na altamente digerível: por isso também é adequado para pessoas intolerantes às proteínas do leite de vaca. Também é caracterizado como um alimento sem lactose.

    O componente lipídico é de um queijo semidesnatado, pois produzido com leite parcialmente desnatado: o Parmigiano Reggiano tem, de fato, um teor de gordura, seco, inferior ao da maioria dos outros queijos. Os carboidratos estão praticamente ausentes no Parmigiano Reggiano, que se caracteriza pela ausência de lactose, que desaparece nas primeiras horas de vida do produto, com a transformação desta em ácido lático.

    O Parmigiano Reggiano é uma importante fonte de cálcio, um elemento fundamental para o crescimento e manutenção da saúde esquelética, que em muitas dietas é carente, uma vez que uma dose de 40 gramas traz mais de 50% da necessidade diária deste elemento precioso.

    Uma carga nutritiva de proteínas, vitaminas, fósforo e cálcio que se concentra na massa e no longo período de maturação permanece viva. O envelhecimento natural facilita a digestão de Parmigiano Reggiano e desenvolve uma complexidade de aromas e sabores extraordinários

    O Parmigiano-Reggiano é bom para todas as idades, um aliado perfeito para a saúde e o bem-estar psicofísico. Rico em nutrientes é essencial para o crescimento das crianças, para a saúde dos adolescentes e idosos e para fornecer energia pronta para o esporte.

    O Parmigiano-Reggiano apresenta um perfeito equilíbrio entre a riqueza de sabor, suculência, tendência doce, gordura, especiarias, aromaticidade e uma persistência no palato quase interminável, fruto da concentração de sabores dada pela longa maturação em condições ideais.
    AUSÊNCIA DE LACTOSE
    O Parmigiano Reggiano é privado de lactose. A ausência de lactose é uma consequência natural do processo típico de produção do Parmigiano Reggiano. Contém galactose em quantidades inferiores a 0,01g / 100g.

    Esta é a redação que pode ser colocada no rótulo nos pacotes Parmigiano Reggiano, seguindo as decisões do Departamento de Saúde. Em junho de 2016, o Ministério da Saúde emitiu uma circular (nº 24708) autorizando o uso de uma redação específica para identificar a ausência natural de lactose em produtos lácteos. O próprio Ministério definiu um termo aplicável aos queijos com um teor de lactose inferior a 0,1g / 100g.

    Existem condições microbiológicas naturais para as quais a lactose está ausente em Parmigiano Reggiano, desde os primeiros dias. A lactose é um açúcar, normalmente presente no leite. No processo de produção de Parmigiano Reggiano, a lactose é fermentada por microflora de bactérias láticas nas primeiras 48 horas após o processamento. É a chamada fermentação lática, durante a qual as bactérias láticas, naturalmente encontradas no leite, transformam o açúcar da lactose em ácido lático nos primeiros dois dias de produção.
    A pesquisa científica também confirma essas afirmações. A pesquisa realizada pelo Consórcio sobre o progresso da glicólise mostra que, às 48 horas do processamento, na forma encontramos 0,004 g / 100 g de lactose (Pecorari et al., 2003). Os estudos também realizados por Giovanni Valentino Coppa da Universidade Politécnica do Marche, com um método de análise mais sensível, demostraram que o Parmigiano Reggiano é um produto sem lactose a qual um número crescente de pessoas apresenta intolerâncias, até mesmo particularmente graves. A partir das análises realizadas pelo Prof. Coppa em várias amostras de Parmigiano Reggiano - analisadas em diferentes fases de maturação, ou seja, de 1 a 36 meses – evidencia que o teor de lactose é mais de cem vezes menor ao encontrado por Pecorari e outros.

    Além disso, periodicamente, o Consórcio analisa de forma aleatória lotes de Parmigiano Reggiano para verificar o teor de lactose. A recolha de amostras ocorre seja durante as operações de controle dos especialistas (no queijo a partir de 9 meses de maturação) e tanto pela compra do Parmigiano Reggiano diretamente do mercado (com prazo de mais 12 meses de maturação).

    Em todas as amostras analisadas pelo Consórcio, o valor da lactose sempre foi menor do que o limite de detecção do método (LOD = 0,01g / 100g) confirmando várias vezes os estudos mencionados acima e atestando que a maturação não afeta o teor de lactose presente no Parmigiano Reggiano.

    O Consórcio também criou o símbolo gráfico "100% natural" que pode ser adotado nas peças de Parmigiano Reggiano destinados ao mercado italiano para lembrar aos consumidores que o Parmigiano Reggiano, além de ser naturalmente sem lactose, também é livre de conservantes.
    INDICADO NA DIETA DOS BEBÊS
    Desde a década de 80, foi hipnotizada a presença no Parmigiano Reggiano de um "fator bifidogênico" que o torna adequado para a dieta dos recém-nascidos pelos seus efeitos probióticos.
    Nos lactentes amamentados, as bifidobactérias predominam em bactérias potencialmente patogênicas, e esta é uma das principais razões pelas quais o leite materno normalmente garante um melhor estado de saúde para a criança.

    O principal efeito reconhecido aos probióticos e probióticos é o da modulação da flora intestinal que, constituída por um ecossistema complexo dependente em parte dos nutrientes introduzidos com a dieta, desempenha um papel importante em algumas funções metabólicas e na resistência a infecções bacterianas.

    Um bebê alimentado com leite normal possui uma flora bacteriana intestinal em que predominam coliformes, enterococos e bacteroides, enquanto em um bebê amamentado as bifidobactérias predominam em bactérias potencialmente patogênicas, e esta é uma das principais razões pelas quais o leite materno garante um melhor estado de saúde da criança.
    TEMPO DE MATURAÇÃO E HARMONIZAÇÃO
    O Parmigiano Reggiano pode ser consumido em lascas ou ralado. A melhor maturação não deve ser inferior a 24 meses, podendo chegar a 30, 36, 40, 45, 60, 75, até 90 meses. Geralmente é comercializado com maturação de 18, 24 e 30 meses.

    O Parmigiano Reggiano com 18 meses de maturação é um produto adequado para quem aprecia um sabor delicado. É o queijo perfeito para refeição, para aperitivos e antepastos, ou para acompanhar saladas e pratos frios. Para exaltar o sabor delicado é ótima a combinação com frutas frescas da estação.

    O Parmigiano Reggiano com 24 meses de maturação casa-se bem, se ralado, com grande parte de massas da tradição italiana, ingrediente que não pode faltar nas massas recheadas e nas lasanhas. Em lascas completa e dá sabor a pratos à base de verduras e carnes. É perfeito também como lanche ou refeição rápida combinado com verduras ou frutas. Um alimento cheio de energia e sabor, nutriente e altamente digerível.

    O Parmigiano Reggiano com 30 meses de maturação é a escolha ideal para enriquecer de sabor a sua cozinha. Indicado especialmente na preparação de segundo prato (ou prato principal). Pode ser servido em lascas sobre pratos de carne, ou degustado em combinação com mel e geleias. Prove-o também com fruta seca, com figos ou ameixas. O encontro entre sabores te surpreenderá.
    O Parmigiano Reggiano com mais de 40 meses de maturação é um queijo que superou a prova do tempo, tornando-se mais complexo e exclusivo. Degustado em lascas permite descobrir aromas ligados a arte única de sua preparação. É um agradável companheiro nas noites com os amigos, para ser degustado com um vinho estruturado ou de meditação (vinhos doces ou passito). Há maturação de 45, 60, 75 e 90 meses.

    O Parmigiano Reggiano é comercializado em diversos tipos de embalagem que pode variar de 50 g até a forma inteira que varia de 36 a 40 kg. O Parmigiano Reggiano em grandes formatos é adequado para presentes exclusivos e perfeito para celebrar eventos que querem ser lembrados como únicos. Os grandes formatos podem ser: Punta (de 3 kg); l’ottavo (cerca de 5 kg); il quarto (cerca de 10 kg); mezza forma (entre 18/20 kg) e forma inteira (de 36 a 40 kg).
    PARMIGIANO REGGIANO - PRODOTTO DI MONTAGNA
    Em 14 de dezembro de 2012 foi publicado no Diário Oficial da União Européia um regulamento que prevê, entre outras coisas, a possibilidade de usar a indicação de qualidade de prodotto di Montagna (produto de montanha) para fornecer aos produtores de montanha um instrumento efetivo para melhorar a comercialização de seus produtos e reduzir os riscos reais de confusão dos consumidores sobre a proveniência de montanha dos produtos no mercado.
    Na sequência desta publicação, em 20 de dezembro de 2012, o Consórcio definiu algumas diretrizes, destinadas a identificar o Produto de Montanha Parmigiano Reggiano:

    • a criação das vacas deve estar localizada nas zonas de Montanha;

    • na alimentação das vacas, a forragem utilizada deve vir essencialmente das áreas de montanha;

    • os estabelecimentos dos laticínios produtores devem estar localizados nas zonas de montanha;

    • toda fase do processamento do leite (coleta, introdução no laticínio, repouso noturno nos tanques, processamento nas caldeiras etc.) exige que somente seja utilizado o leite que satisfaça os critérios anteriores

    • a maturação mínima da forma de queijo deve ocorrer em estabelecimentos localizados nas áreas de montanha
    As formas de queijo que satisfazem as condições listadas acima podem ser identificadas com a placa de caseína apropriada fornecida pelo Consórcio e acompanhada pelo logotipo de "Prodotto di Montagna".

    No site do Consórcio há possibilidade de compra on-line do produto Parmigiano Reggiano.

    O Parmigiano Reggiano é o queijo italiano mais imitado do mundo, geralmente pelo nome de Parmesão como ocorre no Brasil que é considerada uma imitação em razão do nome. O nome está protegido na União Européia, enquanto em outros países não está igualmente protegido. O fenômeno é significativo nos EUA, o primeiro mercado não comunitário do famoso produto italiano, com uma exportação de 150 milhões de dólares/ano.
    DIFERENÇAS: PARMIGIANO REGGIANO X GRANA PADANO 
    O Grana Padano e o Parmigiano Reggiano parecem ter uma origem comum: nasceram nos mosteiros na Idade Média, são dois queijos típicos e amplamente utilizados no norte da Itália. São queijos muito similares, cuja tecnologia de produção é quase idêntica.

    As diferenças na maturação e na alimentação das vacas são aquelas que, mais do que outras, indicam uma qualidade superior do Parmigiano Reggiano em relação ao Grana Padano.

    O Grana Padano é apreciado sobretudo na Lombardia, no Piemonte, no Veneto e no Trentino Alto Adige; o uso de Parmigiano Reggiano é mais difundido na Emilia Romagna, mas em geral um pouco em todo o norte da Itália. As características organolépticas dos dois queijos estão em nível macro bastante semelhantes, mas se vamos ver em detalhes há algumas diferenças que os tornam adequados para diferentes pratos e diferentes usos. O Parmigiano Reggiano tem um sabor mais complexo, feito de riqueza de sabor e notas herbáceas que são mais difíceis de perceber no Grana Padano, que tendem a ser mais macias e amanteigadas no palato.
    O Grana Padano tem um gosto mais amanteigado e mais derretido, que muitas vezes lembra as características do caldo, ou verduras cozidas; enquanto o Parmigiano Reggiano tem um sabor geralmente mais decisivo, que evolui com o tempo. Na maturação de 12 meses, as características do leite ainda são percebidas, enquanto aumentando a maturação acrescenta-se notas cítricas, e à medida que os meses aumentam, aproxima-se mais da sensação de frutas secas, a nota mais elevada lembra a avelã.

    O Grana Padano é produzido em uma área mais ampla, que inclui a Lombardia, Piemonte, Trentino Alto Adige, Emilia Romagna e Veneto. O Parmigiano Reggiano é produzido em área menos, principalmente na Emilia Romagna, nas províncias de Parma, Reggio Emilia, Modena e parte de Bologna, e parte da província de Mantova na Lombardia.

    A alimentação das vacas para o Parmigiano Reggiano deve ser exclusivamente feita de capim cultivado na área de produção do queijo, alimentos secos, forragem verde e feno do campo, enquanto para o Grana Padano as vacas também podem ser alimentadas com a silagem (uso de forragem, capim fermentado e milho). A silagem é obtida de toda a planta de cereais, que é cortada e armazenada em silos. Esta operação favorece o desenvolvimento de microrganismos que pioram as características do produto. Quando era permitido, utilizava-se antídoto, prejudicial para a saúde, agora é utilizado um antibacteriano inofensivo para a saúde, a lisozima, mas que evita o desenvolvimento de microrganismos prejudiciais.
    O Parmigiano Reggiano é produzido com um soro de leite 100% natural. Na prática, o soro da produção anterior é usado como iniciador bacteriano para produção subsequente. Os produtores de Grana Padano podem, por um máximo de 12 vezes por ano, "ajustar" o soro do leite da produção anterior através de adição de bactérias lácticas autóctone isolando as bactérias do ácido lático no laboratório.

    O leite de Parmigiano Reggiano não pode ser refrigerado abaixo de 15 graus, para o de Grana Padano o limite é de 8 graus.

    O Grana Padano pode ser produzido com dois processamentos por dia e com leite de uma só ordenha, enquanto para Parmigiano Reggiano é permitido um processamento por dia com leite da ordenha de dois dias (da noite e da manhã seguinte).
    A disciplina de produção do Consorzio del Parmigiano Reggiano proíbe o uso de conservantes; para o Grana Padano, o uso de conservantes é permitido: a lisozima (proteína natural extraída como é do ovo) é geralmente usada.

    O Grana Padano (2,6%) é levemente menos gordo do que Parmigiano (2,8%), então amadurece primeiro. O período de maturação nas prateleiras é de pelo menos 9 meses para o Grana Padano (mas o consumo ocorre em média aos 15 meses) e pelo menos 12 meses para o Parmigiano Reggiano (mas o consumo médio ocorre aos 24 meses). A maior maturação permite que o Parmigiano Reggiano desenvolva características organolépticas superiores.

    O Grana Padano é submetido ao controle do especialista para ser marcada a fogo com o sinal da DOP, no final do 9º mês de maturação. Para o Parmigiano Reggiano DOP, o controle ocorre no final do 12º mês de maturação. Para o Grana Padano, a maior maturação prevista pelo regulamento que disciplina a produção é o tipo "Grana Padano RISERVA” - mais de 20 meses. Para o Parmigiano Reggiano, a maior maturação prevista e de mais de 30 meses. No entanto, para ambos os queijos é possível encontrar maturação mais longa.

    Cabe ressaltar que o Grana Padano Trentino é um Grana Padano de pleno direito (parte dela DOP), no entanto, é produzido com as mesmas técnicas que o Parmigiano Reggiano.

    Saiba mais sobre o  Parmigiano Reggiano DOP

    Videos sobre O Parmeggiano Reggiano 

    Il mondo del Parmigiano Reggiano
    Come si fa il Parmigiano Reggiano
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