A Itália é o país que com maior espetacularidade trata de enograstronomia: é muito raro um italiano que não conheça algo sobre vinho, que não saiba preparar uma ou duas receitas e não discurse eloquemente sobre a origem de um bom molho.
O vinho é parte integrante da cultura e da alimentação italianas. Em uma mesa preparada para o almoço ou jantar de uma casa italiana, pode faltar, e geralmente não se encontra, o refrigerante, mas haverá sempre uma garrafa de vinho e água.
Há pouco tempo, coisa de 20/30 anos era inconcebível uma refeição sem vinho, de dia ou de noite, ou a qualquer hora.
A Itália é um dos maiores países produtores de vinho. Disputa esta primazia com a França. Em 2020/2021 foi o maior produtor com produção estimada de 49 e 50 milhões de hectolitros (100 litros), respectivamente, o que representa cerca de 20% de toda a produção mundial de vinho.
Boa parte do vinho produzido na Itália é consumido no país. Os italianos tem a média de consumo de 50 litros de vinho por ano. Trata-se de um número inexpressivo comparado ao das décadas anteriores. O consumo de vinho na Itália tem sofrido, talvez mais que qualquer outra parte do mundo, o fenômeno de depuração iniciado globalmente nos anos 90: eles bebem menos vinho, porém de melhor qualidade. Apesar disso, ainda é o terceiro país em consumo per capita por ano no mundo, ficando atrás da França e Espanha.
Segundo a Organização Internacional do Vinho existem 5.916 variedades de videiras vinícolas no mundo.
No topo das nações mais ricas da biodiversidade vinícola está a Itália que possui 453 tipos de cepas registradas, superando a França que possui 342 variedades. Portogual possui 340 variedades, os Estados Unidos 318 e a Nova Zelândia 306.
Na Emília-Romagna as variedades de cepas vinícolas cultivadas são 87. Vai do tinto Sangiovese ao espumante Pignoletto, passando pelas internacionais mais difusas e terminando com uma infinidade de uvas com nomes e histórias curiosas, como o famoso Centesimino, o Sgavetta, o Spergola, o Burson, o Paga Debit, o Ortrugo, a Uva Ruggine
A Emília-Romagna, com média de 7,8 milhões de hectolitros (2020), é uma das maiores produtoras de vinho na Itália, tendo ficado no 3º lugar em 2020 superada pelo Veneto (1º Lugar – 11 milhões de hectolitrso) e Puglia (2º Lugar / 9 milhões).
