DOCG da Emilia-Romagna - PIGNOLETTO CLASSICO DOCG
Vinho Colli Bolognesi Pignoletto Classico DOCG (DOP)
O vinho Colli Bolognesi Clássico Pignoletto é outro vinho DOCG da Emília-Romagna.
A Grechetto Gentile é a variedade de uva branca da qual é obtido o vinho Pignoletto
Na área montanhosa ao redor de Bologna, onde o cultivo desta uva é mais antigo, em 2011 o Pignoletto Clássico (fermo) obteve a certificação DOCG. Nesta área, a sequência de paisagens e de aromas, de luz e sombra, de calor e frescor, exaltam em particular, as características organolépticas deste vinho branco fresco e perfumado com um sabor final amargo. Quando os romanos, cerca de dois séculos antes do nascimento de Cristo, submeteram e unificaram os territórios habitados pelas tribos dos boios (1), provavelmente tinham mil motivos para fazê-lo, não excluindo aqueles relacionados à riqueza agrícola dessas áreas.
As fileiras de videiras eram conjugadas com árvores vivas, de acordo com o uso introduzido pelos etruscos e desenvolvidos sucessivamente pelos gauleses . Na verdade, esse método é chamado de "arbustum gallicum", particularmente adequado não só para as terras baixas e úmidas da planície, mas, sobretudo, era utilizado principalmente nas áreas montanhosas.
A partir dessas terras, especialmente as montanhosas localizadas ao sul de Bononia, nossos antepassados latinos produziram vinhos que os agradavam muito. As terras agrícolas bononiense foram cultivadas por veteranos de tantas campanhas militares em todo o mundo, então conhecido, por isto a bebida de bacco era claramente consumida, degustada e apreciada.
Plínio, o Velho – sec. I d.C. - no capítulo "Ego sum pinus laeto" retirado do trabalho monumental de agronomia "Naturalis historia", afirma que em "apicis collibus bononiensis" produzia-se um vinho frisante e albano, isto é loiro, muito particular, mas não doce o suficiente para ser agradável e, portanto, não muito apreciado, uma vez que se sabe que durante a era imperial era apreciado o vinho muito doce, picante e aromatizado com inúmeras essências, além disso, sempre muito "maduro" porque os vinhos jovens não conseguiram satisfazer os pretensiosos paladares da nobreza.
Transcorridos pouco menos três séculos desde a conquista romana - 179 a.C. - o vinho mudou radicalmente, mas não as qualidades e características únicas deste néctar.
Retomando o caminho da pesquisa de vestígios que nos possam levar aos vinhos que consumimos hoje, encontramos as biografias trabalhosas dos monges, que chegaram aos nossos dias, onde mencionam os consideráveis impulsos dados para o desenvolvimento da videira. Elas se espalham em todas as regiões italianas e verificaram que nas colinas bolonhesas produzia-se um bom vinho dourado e frisante.
OMNIA ALLA VINA EM EXCEDIR BONITA - definitivamente “um vinho superior por bondade a todos os outros" e bebido não só durante as práticas litúrgicas, mas também com alegria na mesa dos nobres e do povo, obtido a partir de uvas conhecidas e apreciadas como pignole!
Os séculos que se passaram desde então para chegar até os dias atuais, foram testemunhas indiscutíveis de inúmeros fatos e citações sobre os vinhos das esplêndidas colinas bolonhesas.
Em 1300, Pier de Crescenzi, no mais importante tratado de agronomia medieval "Ruralium commordorum - livro XII " descreveu as características organolépticas do "pignoletto" que então se bebia, que além de ser o vinho mais produzido, era o mais apreciado por sua viva espuma dourada.
Agostino Gallo em “Le venti giornate dell’agricoltura” (Os vinte dias da agricultura) de 1567, recomendava plantar as uvas pignole porque além da produção notável, permitia um comércio, uma vez que eram sempre procuradas.
Médico e botânico do Papa Sisto V °, o Bacci, no tratado pessoal de 1596 "De naturalis vinarium istoria de vitis italiani", afirmou as “raras e ótimas” qualidades intrínsecas da uva pignola. Assim também Soderini, conhecido engenheiro florentino, sempre naqueles anos, confirmavas estas características.
O Trinci - 1726 - destaca as características desta videira: o pignoletto de hoje é encontrado em quase todas essas afirmações, para não dizer que elas são iguais.
Outras confirmações são relatadas no "Bullettino Ampelograficho" de 1881, no qual são chamadas uvas pignola as produzida nas colinas situadas ao sul da cidade de Bologna, cuja semelhança com o a atual produção é grandíssima, e não deixa mais espaço para outras dúvidas sobre o destino.
O Estatuto de Bologna de 1250 ordena a construção da "Rota do Vinho" para transportar com segurança até Bologna, os vinhos obtidos nas colinas ao sul da cidade.
O Pignoletto está presente na região de Bologna desde os tempos antigos. Já no século I dC Plínio o velho, menciona um vinho chamado "Pinum Laetum", mas sua aparição nesta região é documentada desde a metade do século XVI.
Se a produção de uva ocorria nas colinas, onde se cultivava o Pignoletto, afirmando-se com as espécies de cepa Acero e Olmo, o vinho verdadeiro nasceu nas adegas caseiras, fosse ela de um palácio aristocrático ou de uma casa popular. Prova disso é a atividade, documentada entre 1600 e 1800, pela Compagnia dei Brentatori, que transportavam o mosto para a cidade em recipientes de madeira sobre o ombro chamados brente. O hábito do vinho caseiro manteve-se em voga até os anos 60, depois reduziu-se progressivamente, enquanto paralelamente as empresas vinícolas equiparam-se para vinificar e envasar seus produtos no local.
As 140 vinícolas que aderiram ao DOC Colli Bolognesi produzem cerca de 25.500 hl de vinho DOC e 500 hl de Colli Bolognesi Clássico Pignoletto, que em 2010 foi reconhecido como o segundo DOCG da Emilia Romagna.
O regulamento que disciplina a produção deste vinho prevê um mínimo de 95% de uvas Pignoletto e um teor mínimo de álcool de 12% vol.
O regulamento que disciplina a produção dos vinhos com a Denominação de Origem Controlada e Garantida Colli Bolognesi Clássico Pignoletto foi aprovado inicialmente na tipologia DOC “Colli Bolognesi” pelo DM 04.08.1997 e com a tipologia DOCG pelo DM 08.11.2010 G.U. 278 - 27.11.2010 e modificado pelo DM 30.11.2011 G.U. 295 - 20.12.2011 e DM 07.03.2014.
A denominação de origem controlada e garantida Colli Bolognesi Clássico Pignoletto abrange unicamente este tipo de vinho.
Para o vinho Colli Bolognesi Clássico Pignoletto as uvas devem ser produzidas em área que abrange totalmente os Municípios de Monte San Pietro e Monteveglio na província de Bologna e parte do território dos Municípios de Sasso Marconi, Casalecchio di Reno, Zola Predosa, Crespellano, Bazzano, Castello di Serravalle na província di Bologna e de Savignano sul Panaro na província de Modena.
(1) - Boios ou bóios (em latim: Boii; em grego: Βοιοι) eram os membros de uma antiga tribo celta que viveu na Gália Transalpina (atual França), Gália Cisalpina (norte da Itália), assim como na Panónia (atual oeste da Hungria), Boêmia, Morávia e oeste da Eslováquia.
(2) - O termo gauleses designa um conjunto de populações celtas que habitava a Gália (em latim: Gallia), isto é, o território que corresponde hoje, grosso modo, à França, à Bélgica e à Itália setentrional proto-históricas, provavelmente a partir da Primeira Idade do Ferro (cerca de 800 a.C.).
Para a produção do vinho DOCG “Romagna” Albana, as uvas devem ser produzidas nas seguintes áreas:
• Província de Forlì-Cesena totalmente nos Municípios de Castrocaro Terme e Terra del Sole, Meldola, Bertinoro, Montiano, Roncofreddo, Longiano, ou em área delimitada nos Municípios de Savignano sul Rubicone, Cesena, Forlimpopoli e Forlì;
• Província de Ravenna: totalmente nos Municípios de Riolo Terme, Casola Valsenio, Brisighella, ou em área delimitada nos Municípios de Faenza e Castel Bolognese;
• Província di Bologna totalmente nos Municípios Borgo Tossignano, Casalfiumanese, Castel San Pietro Terme, Dozza Imolese, Fontanelice, ou em área delimitada nos Municípios de Imola e Ozzano Emilia.
Para a produção do vinho DOCG “Romagna” Albana, as uvas devem ser produzidas nas seguintes áreas:
• Província de Forlì-Cesena totalmente nos Municípios de Castrocaro Terme e Terra del Sole, Meldola, Bertinoro, Montiano, Roncofreddo, Longiano, ou em área delimitada nos Municípios de Savignano sul Rubicone, Cesena, Forlimpopoli e Forlì;
• Província de Ravenna: totalmente nos Municípios de Riolo Terme, Casola Valsenio, Brisighella, ou em área delimitada nos Municípios de Faenza e Castel Bolognese;
• Província di Bologna totalmente nos Municípios Borgo Tossignano, Casalfiumanese, Castel San Pietro Terme, Dozza Imolese, Fontanelice, ou em área delimitada nos Municípios de Imola e Ozzano Emilia
Vamos verificar as características principais de cada tipologia:
Sumário de terminologias
GAM = Graduação Alcoólica Mínima
T.I.C = Temperatura ideal para o consumo
1- Um quintale (q.l ) quintal é uma unidade de medida de massa equivalente a 100 kg. Não é utilizada pelo sistema Internacional de Medidas, mas muito difusa na Itália e Europa, e ainda de uso comum, sobretudo como medida dos produtos agrículas.
2 - Vinoso - Cheiro do local de preparação do vinho
3 - Grená - Cor próxima ao bordô
4 - Maceração carbônica é a transformação do açúcar contido nas uvas inteiras – ou seja, não esmagadas – em álcool sem a ação de leveduras. Cachos inteiros de uvas são dispostos no tanque de fermentação, tomando-se o cuidado para que as frutas não estejam partidas, não estejam com sua pele rompida.