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  • DOC da Emilia-Romagna -ROMAGNA DOC

    Vinhos DOC - Romagna DOC/DOP

    Em meados da década de 1960 a Romagna começou a levar seus vinhos mais a sério e criou, em 1962, o Consórcio dos Vinhos da Romagna. Sob suas regras estão nove cooperativas, 87 produtores e mais sete empresas. Com esse trabalho eles conseguiram que, em 1967, seus vinhos obtivessem uma Denominação de Origem Controlada.

    Na DOC estão inseridos, principalmente, os vinhos feitos com as uvas Sangiovese cultivadas desde as colinas de Imola, no extremo oeste, até o extremo leste, na cidade de Rimini, que inclui as províncias de Bologna, Ravenna, Forli-Cesena e a própria Rimini.

    Ao longo de décadas, mesmo com todo o controle e fiscalização implementados pelo Consórcio os bons vinhos da Romagna ainda não conseguiam atingir o potencial que seus produtores sabiam que eles tinham. Assim, nasceu em 2001 o "Convito di Romagna", uma espécie de consórcio voluntário e auto-patrocinado que une oito produtores comprometidos com a alta qualidade dos produtos. Os participantes são as vinícolas Calonga, Drei Donéa (Tenuta La Palzza), Fattoria Zerbina, Stefano Ferrucci, Poderi Morini, San Patrignano, San Valentino e Tre Monti, que entenderam que, para uma área de produção ser valorizada, é preciso que os produtores estejam unidos com propósito comum.

    Quem assumiu a presidência deste Convito em 2008 foi o jovem Enrico Drei Doná, que também dirige a Associação dos Jovens Empreendedores do Vinho Italiano. Sua família é uma das que têm vinhedos na área que já pertenceu à Toscana e sua luta, hoje, é para que os vinhos da uva Sangiovese di Romagna sejam reconhecidos pelo mercado.

    Da mesma forma que o Convito di Romagna vem trabalhando para reforçar a imagem e controlar a qualidade dos vinhos produzidos com a Sangiovese, o Consorzio Vini di Romagna resolveu estreitar ainda mais as suas regras, e também reposicionar a DOC, mudando-a de nome.

    Assim, a partir do Decreto Ministerial de 22.09.2011 G.U. 235 de 8.10.2011, modificato pelo DM 30.11.2011 alguns vinhos da Romagna de Denominação de Origem Controlada passaram a ser denominados DOC Romagna seguido do nome do vinho e subregião.

    Trata-se dos vinhos Albana (Espumante), Cagnina, Pagadebit com a especificação da sub zona geográfica de Bertinoro (também na versão espumantes frisante), Sangiovese (também na versão novello e reserva), Sangiovese Superior (também na versão reserva), Sangiovese com uma das seguintes especificações geográficas: 1. Só na versão reserva: Bertinoro; 2. Normal e na versão reserva: Castrocaro e Terra del Sole; Cesena; Longiano; Meldola; Modigliana; Marzeno; Oriolo; Predappio; San Vicinio; Serra.

    Desta forma, a terminologia a ser utilizada para estes vinhos passou a ser a seguinte: DOC “Romagna” Albana Spumante DOC; “Romagna” Cagnina DOC; “Romagna” Pagadebit e “Romagna” Pagadebit Bertinoro DOC; “Romagna” Sangiovese DOC; “Romagna” Sangiovese Bertinoro Reserva, “Romagna” Sangiovese Brisighella, “Romagna” Sangiovese Brisighella Reserva,“Romagna” Sangiovese Castrocaro e Terra del Sole, “Romagna” Sangiovese Castrocaro e Terra del Sole Reserva, “Romagna” Sangiovese Cesena, “Romagna” Sangiovese Cesena Reserva, “Romagna” Sangiovese Longiano, “Romagna” Sangiovese Longiano Reserva, “Romagna” Sangiovese Marzeno, “Romagna” Sangiovese Marzeno Reserva, “Romagna” Sangiovese Meldola, “Romagna” Sangiovese Meldola Reserva, “Romagna” Sangiovese Modigliana, “Romagna” Sangiovese Modigliana Reserva, “Romagna” Sangiovese Oriolo, “Romagna” Sangiovese Oriolo Reserva, “Romagna” Sangiovese Predappio, “Romagna” Sangiovese Predappio Reserva, “Romagna” Sangiovese San Vicinio, “Romagna” Sangiovese San Vicinio Reserva, “Romagna” Sangiovese Serra, “Romagna” Sangiovese Serra Reserva etc... e “Romagna” Trebbiano DOC.

    A especificação das 12 novas sub-regiões, que são chamadas de "Menções Geográficas Adjuntas" destina a exaltar a diferenciação dos vinhos e impor novas regras de controle.

    Por exemplo, os Reservas deverão ter no mínimo 13% de álcool e só poderão ser vendidos depois do dia 1º de dezembro, dois anos depois da colheita das uvas. Isso quer dizer que a colheita de 2017 só começará a ser comercializada em dezembro de 2019, depois de dois anos de amadurecimento.

    Todo o trabalho que vem sendo feito na região é não somente para marcar as diferenças que a região tem da vizinha Toscana, mas principalmente para sepultar definitivamente a imagem, sobretudo em relação ao Sangiovese da região, que são vinhos de alto volume, que não suportam o envelhecimento e ideais para consumidores que não prestam atenção ao que bebem.

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