DOC da Emilia-Romagna - SANGIOVESE ROMAGNA DOC

A uva Sangiovese é uma uva típica da região da Romagna, tendo uma raiz comum com a região entre Florença e Bologna, onde a uva é mais cultivada. Nesses dois territórios há muito tempo vieram delinear vários biótipos, mas acima de vinhos diversos, resultado da interação específica e peculiar de diferentes territórios com esta videira.

No estudo da história de um vinho muitas vezes se faz referência aos mitos e às religiões dos povos, mas não se devee ignorar outro elemento fundamental, a "tipicidade", uma vez que ela passa pelo território, a metodologia de produção e o contexto temporal e social. Em relação ao Sangiovese, o primeiro atestado escrito de seu cultivo no território toscano remonta ao fim do ano 1.500 (Soderini), mas Cosimo Villifranchi na segunda metade do século XVIII fala de um "San Gioveto Romano", cultivado especialmente na região de Faenza. Entre os séculos XVIII e XIX numerosos poemas e ditirambos (canto coral) louvam este vinho. Em 1839, o conde Gallesio vindo de Firenze a Forlì, percorrendo a estrada aberta pelo Grão Duca Pietro Leopoldo, ao longo do rio Montone, foi capaz de descrever as vinhas encontradas na rota: "os vinhedos... são todas de videiras baixas amarrada a um pequeno pau como na França, as uvas que se cultivam lá são para a maioria Sangiovese di Romagna". Em textos antigos muitas vezes vem identificado um Sangiovese cultivado na Romagna com suas próprias características que o fazem distinguir daqueles cultivados em outras áreas, mas, acima de tudo, deve ser enfatizado a forma como a abordagem enológica era diferente em comparação com a Toscana: na Romagna a vinificação era em pureza (só Sangiovese), enquanto na Toscana era vinificado muitàs vezes com outras uvas (como fez faz o conhecido Chianti). Esta caracteristica foi contemplada no Regulamento de produção do Sangiovese "Romagna": o uso de menção geográfica adicional para os vinhos Sangiovese, está sujeita ao uso de pelo menos 95% de uvas da cepa.

Com o passar dos anos, os toscanos foram fazendo seleções de clones até descobrirem os que melhor se adaptavam ao seu território, menos fértil e mais pedregoso, e chegaram aos especialíssimos Brunellos de Montalcino (preparados a partir da variedade Sangiovese Grosso) e aos Super toscanos.

Durante muito tempo os toscanos acreditavam que a variedade usada na Romagna era inferior, mas as pesquisas dos ampelógrafos descobriram que a variedade de grãos mais delicados (Sangiovese Piccolo) da zona mais ao norte era ainda mais característica da cepa do que alguns clones toscanos. A grande diferenciação de qualidade devia-se ao tratamento dado às uvas e ao terroir onde elas estavam inseridas.

O Sangiovese di Romagna sabe como expressar o caráter de uma terra colorida e multifacetada, lavada pelo mar e protegida pelos Apeninos. Um vermelho com aroma de frutos vivos e selvagens, com taninos sedosos e sabor cheio, produzido nos tipos básico, superior, reserva e novello.

Para os amantes da Romagna, um copo de Sangiovese é equivalente ao gole desta terra, para ser descoberto nas dobras do paladar e do olfato.

O Sangiovese (masculino) é a uva italiana mais difundida. Componente principal de muitas excelências, como Brunello di Montalcino, Chianti, Montepulciano ou Morellino di Scansano, ao norte dos Apeninos é tem a denominação de sua cepa Sangiovese di Romagna.

Reina indiscutivelmente nas colinas entre Rimini e Imola, e sempre foi fonte de energia para o trabalho nos campos, de alegria para as mesas aristocráticas e de alívio às rígidas regras da vida monástica. Foi justamente em um mosteiro na região de Rimini que o nome foi criado.

Se o Sangiovese é um vinho internacionalmente conhecido, às vezes se esquece que o Sangiovese di Romagna tem algumas peculiaridades que o elevam ao nível do renomado Sangiovese produzido na Toscana, e que o esforço dos produtores, buscando a excelente qualidade, foi agora reconhecido por especialistas do setor e por muitos guias de vinho, bem como amplamente apreciado pelos consumidores.

Diversas são as teses para a origem do nome desta cepa que é uma das mais antigas e cultivadas na Itália. Alguns afirmam que deriva de "sangiovannese" como originário de San Giovanni Valdarno; outros, atribuem a forma dialetal (de san giovannina, uma uva primária em razão de sua precoce germinação no final de junho – giugno para a festa de San Giovanni Battista). Há ainda a menção a um banquete, onde convidados ilustres, encantados com este vinho, perguntaram o seu nome. Prontamente um monge, tomando como referência o Colle Giove onde o mosteiro estava localizado, respondeu que o nome era "Sanguis Jovis" (Sangue de Jupiter).

O Sangiovese di Romagna atualmente encontra-se presente e bem a vontade em nas mesas espalhadas e ricas de produtos da Emilia-Romagna.

Diante de um prato de tagliatelle com molho bolonhês, em companhia de uma carne cozida ou de um carneiro grelhado na brasa, este vinho, como o caráter festivo dos Romanholos, adora grupos numerosos, animados pelas risadas despreocupadas.

Vejamos as características do vinho Sangiovese e Sangiovese superior: