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Ao fim do verão, em uma cidadezinha da costa da Romanha (claramente inspirada em Rimini), durante uma festa ao ar livre se descobre que Sandra, irmã de Moraldo, espera um filho. Deverá se casar com Fausto, e os pais aceitam o casamento reparador. Chega o inverno e retoma a monótona existência de província; os amigos de Fausto passam os seus dias entre cafés e brincadeiras infantis, mesmo que a idade deles não seja mais verde. São os “bezerrões” estragados e mantidos pelas famílias: Alberto com a sua carona de criança, eterno palhaço; Leopoldo, todo cheio de sonhos de sucessos literários; Riccardo, pegriçoso e indolente, e Moraldo, o mais jovem e ansioso de deixar todos e ir para Roma. No retorno da viagem de núpcias, Fausto aceita trabalhar: será o balconista em uma loja de enfeites sacros.
Mas se mete a cortejar a mulher do proprietário e Sandra assim que o descobre, foge de casa com a menina recém- nascida. Fausto e Moraldo junto com os outros amigos, se metem a sua procura, mas ela não está longe, está na casa do sogro que punirá a cintadas o filho imprudente.
Os boas-vidas recomeçam a vida habitual, entre desilusões familiares e profissionais; só Moraldo consegue “fugir” da rotina, sem dizer nada a ninguém. E imagina os seus amigos, para os quais ao invés nada foi mudado e poderá mudar. Os arrependimentos do tempo perdido naquele que foi considerado o filme mais sincero de Fellini.
Fellini, como quase sempre nos seus filmes, volta a sua Rimini, a sua Romanha sobre a onda da recordação, mas escolhe reinventar completamente a cidadezinha da costa da Romanha- provavelmente Rimini, na qual os boas-vidas vivem, efetuando as filmagens quase integralmente na costa do Tirreno no Lazio.