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  • Patrimônio Cultural :: Literatura

    Entre o rio Pó, o Apenino e o Mar Adriático, de grosso modo na forma de um triângulo, cujo vértice é situado a Oeste, estende-se o território da Emilia-Romagna que atinge robustas raízes na chamada identidade padana, mas que também dela se distingue por características individuais. Ou melhor, é realmente a fisionomia cultural estratificada desta terra, uma fisionomia expressiva e lingüística na qual continuam a ser conhecidas as raízes etruscas, célticas, romanas, lombardas e bizantinas, definindo assim, a unidade e também e a irredutibilidade a esquemas muito rígidos de interpretação.
    Sempre em contato direto e problemático com a Europa e com as suas instituições sociais e políticas (basta pensar a propósito na originalidade também institucional dos ducados de Habsburgo, da Republica Cisalpina (além dos Alpes) ou dos Sistema Welfare (dos tempos mais recentes), a Emilia-Romagna sempre assumiu o papel de união entre o Norte e o Sul, Leste e Oeste, centros e periferias, capitais e províncias, bem estar difuso e envolvimento do ideal e pragmatismo das massas.
    A literatura em particular, aí se desenvolveu no curso dos séculos e ainda, desenvolve até agora, um papel essencial e peculiar, na reunião das suas vocações, relativo à criação de grandes obras, fértil artesanato de invenções e recepção, inventário sistemático de clássicos, misturas e interação de saber e de arte.

          Dante na Emilia-Romagna

    Neste vídeo, Dante nos conta sobre sua ligação com Emilia Romagna e sua jornada pelas belas paisagens e obras de arte que o inspiraram na escrita de sua Divina Comédia. O vídeo também mostra o inestimável patrimônio literário preservado nas belas bibliotecas da Emilia-Romagna, verdadeiros monumentos à cultura.

    Imagens de alguns autores da Emilia-Romagna

    CARÁTER ECLÉTICO DA REGIÃO 
    Percorrer o itinerário físico e espiritual deste território literário equivale então a seguir um percurso de intersecções e de cooperação entre personalidades de exceção (não só nascidas na Emilia-Romagna: necessário não esquecer, nem jamais desvalorizar, a atração que um Dante Alighieri teve sempre por esta terra, ao ponto de vir a concluir em Ravenna a sua parábola humana e o grande afresco da Comédia) e instituições públicas (palácios, conventos, academias, universidades); entre gêneros expressivos e movimentos espontâneos de jovens (círculos, revistas); entre destino de uma permanência melancólica e movimento centrifugo de exílio em direção a outras capitais culturais (Milão, Veneza, Viena, Paris, Roma); entre posição de ruptura anárquica-vanguardistica e implosão conservadora de retorno às origens.
    EMÍLIA LACIA - ROMAGNA ECLESIÁSTICA
    Para definir uma dinâmica similar de relações e de contrastes, de costumes e de diálogos não raramente herético, basta pensar na natureza laica da capital dos ducados de Parma ou Modena (com Piacenza e com Reggio) e de outro lado na identidade eclesiástica de marcas do Pontificado como o território romagholo, coexistindo com situações híbridas como Ferrara e Bologna, graças esta última ao estudo universitário, jamais alinhado aos poderes constituídos.
    Não por acaso, de fato, no final do século XVI, a Emilia foi até um dos lugares de maior penetração dos principais cardeais da Reforma Luterana, como comprovam as pesquisas narradas pelo historiador Carlo Ginzburg no seu livro Il formaggio e i vermi (O queijo e os vermes) ou a extraordinária serie intelectual e humana de um escritor e de um pensador da altura de Ludovico Castelvetro.
    A MARCA DO REALISMO
    De qualquer forma, não há dúvida, que refletindo ainda em termos de longa duração histórica, seja possível revelar uma série estável própria da vida literária na Emilia-Romagna. A primeira diz respeito a um requerimento narrativo com fundo épico e fantástico, onde o trágico está sempre pronto a acabar no cômico, que coloca em relação direta (e é esta uma outra característica específica daquelas províncias do mundo que são os centros emiliano-romagnoli, não importa se pequenos ou grandes), a cultura alta (escrita) e a cultura baixa (oral), o mundo aristocrático da corte e o mundo popular cotidiano.
    Os casos do Boiardo e de Ariosto, de uma parte; e dos autênticos Rabelais italianos como o Folengo del Badus ou o Giulio Cesare Croce de Bertoldo, de outra, são dignos exemplos. E de fato, é possível reconhecer rapidamente algum autêntico herdeiro moderno nos narradores, também diversos entre eles, como o fluvial Riccardo Baccheli do Mulino Del Pó ou Gianni Celati e L´Ermano Cavazzoni cantores, hoje, de marginalizados e de lunáticos.
    Não é por menos que as consideráveis injeções de realidade histórica (entre experiência privada e dinâmica coletiva) que revigoraram as obras de um poeta da cronologia familiar como o parmense Attilio Bertolucci, com a sua Camera da letto (quarto de dormir), ou de Giorgio Bassani do Romanzo di Ferrara, com a poéticas pascaliana e manzoniana do Che sa il cuore? ( o que sabe o coração), ou de Renata Viganò testemunha em primeira pessoa do romance partigiano L´Agnese va a morire, ou , ainda, de Cesare Zavattini de uma autobiografia afastada e sem exaltação como Parliamo tanto di me (Falamos muito de mim) ou de Giovannini Guareschi inventor do agradável Mondo piccolo di Peppone e Don Camilo, ou do notável poeta civil de origem piacentina Alberto Bellocchio (autor da atual narração em versos La banda dei revisionisti), ou , enfim, de um detetive de monstros fluviais como Guido Conti jovem do Coccodrillo sull´altare, puderam vir positivamente retratar o mesmo gosto do narrare in grande, para uma coletividade que sabe ainda reconhecer o senso do próprio percurso ideal e existencial.
    Em tal perspectiva, o trabalho do realismo transformou-se, no tempo, em um método de questionamento do mundo, pronto a questionar até as zonas mais obscuras da existência coletiva, deixando espaço ao acaso, juntos necessário e possíveis do imaginário, do sonho, do metafísico.
    AS BIBLIOTECAS - OS INSTITUTOS CULTURAIS
    A outra crucial constante de longa duração da literatura Emiliano-Romagnola é a abertura de suas instituições culturais (como mansões e palácios à Secretaria da Cultura, se é permitido um paradoxo, passando naturalmente por academias e faculdades), a um círculo mais largo possível de usuários, compatível, é claro, com uma progressão não sempre linear (na dialética de campo e cidade) da alfabetização.
    Prova e memória preciosas desta decisão de abertura são as extraordinárias bibliotecas que marcam o território regional, verdadeiras e próprias garantias, com seu funcionamento exemplar em qualquer lugar, da transmissão entre tradição e personalidades heterogêneas realizada realmente nos campos: da Biblioteca Palatina de Parma a Estense e a Delfini de Modena, passando pela Panizzi de Reggio e a Ariostea de Ferrara, das bolonhesas Archiginanasio e Universitária, a Malatestiana de Cesena o a Gambalunghiana de Rimini, através, entre muitas outras, as bibliotecas de Piacenza, Corregio, Carpi, Imola, Faenza, Forlì, a cultura literária emiliano-romagnola sabe hoje definir em termos de unidade e de diálogo autêntico, porque conduzida através das diferenças, a própria contribuição inestimável e específica do nosso mundo globalizado.

    Conheça o patrimônio cultural da Emilia-Romagna 

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