A tutela do meio ambiente tem sido uma preocupação atual de muitas nações, sobretudo diante dos efeitos já verificados decorrentes de sua degradação.
O relatório sobre o estado do ambiente apresentado pelo governo italiano em 2005 analisou a situação ambiental italiana dos últimos anos no contexto dos dados e do cenário futuro da economia italiana, concentrando a atenção sobre temas estratégicos como energia, indústria, transportes, agricultura, turismo e ambiente urbano. Nos últimos 15 anos, muitos dos indicadores ambientais estão em constante melhoria. As emissões das indústrias, por exemplo, diminuíram em 23%. Verificou-se, de outro lado, crescimento das energias renováveis ou limpas. Os sistemas de energia eólicas que em 2003 eram 107 são 124 em 2004. Na Região da Emilia-Romagna também foi registrada uma melhoria em relação ao decênio passado. São positivos, principalmente, os resultados obtidos no tratamento dos esgotos (90% dos esgotos urbanos são tratados em estações eficientes, um dos níveis mais alto na escala européia), no controle e recuperação de solos poluídos e na tutela da biodiversidade no território regional.
O deficit elétrico regional, que era superior a 50% nos anos 90, reduziu-se gradualmente até chegar aos 8-9% atual. À frente das energias renováveis, o Programa Fotovoltaico 2001-2005 financiou 448 sistemas de painéis solares, que permitiu atingir os 25% do objetivo fixado pelo Plano Energético para 2010.
A Emilia-Romagna é a primeira das regiões italianas no que se refere a coleta seletiva e reciclagem dos resíduos (lixo). Enquanto cada italiano em média coletou quase 40 kg de papel e papelão destinando-os a reciclagem, na Emilia-Romagna registra-se uma coleta de 51,2Kg por pessoa ao ano. A região com suas 204 mil toneladas de papel e papelão recolhidos coloca-se, junto com a região norte da Itália, como a primeira área de maior índice de coleta seletiva, mas ao mesmo tempo zona onde amadureceu a cultura da reciclagem em favor de uma diminuição do consumo das matérias primas. O aumento na coleta seletiva de 4,9% em relação ao ano passado è menos significativa em relação a outras épocas, todavia os emiliano-romagnolos representam um exemplo para numerosas regiões da Itália, onde o índice de coleta por pessoa é muito mais baixo.
Dentro desta consciência ambiental é que se explica o motivo pelo qual nos supermercados da Itália, paga-se por um saquinho plástico, enquanto que no Brasil, país sabidamente mais pobre, esbanja-se nos supermercados tal cortesia que custa e custará ao meio ambiente e às atuais e futuras gerações. Chegou o momento de mudança de comportamento: a ida ao supermercado deve ser acompanhada da prática e útil sacola de feira.
Outrora terra de emigração, hoje em razão de sua posição de destaque no panorama da economia global a Itália tornou-se terra de imigração.
A Emilia-Romagna, uma das regiões mais prósperas da Itália, onde se concentra uma das maiores rendas per capita da Europa, verifica a cada ano aumento da população estrangeira.
Em relação às áreas de procedência, nos últimos anos confirma-se ao boom do leste europeu: o número de imigrantes provenientes da Ucrânia, Romênia e Albânia cresce respectivamente 1500, 500 e 170 per cento no período de 2001 a 2006. Verifica-se também forte aumento dos países asiáticos e africanos, em primeiro lugar China, Marrocos e Tunísia, porém a ritmo mais lento em relação ao passado.
Apurou-se que dos 289.013 estrangeiros residentes em janeiro de 2006, mais de 65.000 (cerca de 25%) possuem a Carta di soggiorno (carta de moradia) obtida após 5 anos de residência. No ano de 2005 o número de empregados extracomunitários era de 12,5% em relação ao total dos trabalhadores na Emilia-Romagna. Os trabalhadores estrangeiros estão presentes nos setores da indústria (31,6%), construção civil (15,5%), hoteleiro (12%), prestação de serviços (8,9%) e agricultura (6,7%).
No campo da educação, as escolas registraram um grande aumento de 9,5% de alunos estrangeiros.
Este quadro demográfico regional está em constante mudança. Aos 289.013 estrangeiros residentes no início de 2006 somam-se mais 29.000 pessoas em janeiro de 2007, um aumento de 10,1 %. São os dados provisórios elaborados pelo Serviço de controle estratégico e estatística da Região Emilia-Romagna.
No geral os estrangeiros representam 7,5% da população residente na Emilia-Romagna (318.079 de 4.223.591). A distribuição por província em 1/1/2007, vê a frente Reggio Emilia com 9,3% de habitantes estrangeiros em relação ao total da população da província seguida por Modena (8,9%), Piacenza (8,8%), Parma (8,1%), Ravenna (7%), Bologna (6,9%), Forlì-Cesena (6,8%), Rimini (6,7%) e em último Ferrara (4,4%). Dentre as cidades 33 têm média superior a 10% de habitantes estrangeiros, com Galeata (FC) e Luzzara (Re), terra de procedência da família Speroni de nossa cidade (Salto), ocupando os primeiros lugares possuindo 15,77% da população composta de estrangeiros.
Em 2006 o maior aumento em termos absolutos foi registrado em Modena com 4.858 estrangeiros a mais, Bologna (4.250) e Reggio Emilia (3.953), ainda que a capacidade atrativa desta cidades continua a estabilizar-se em favor das outras realidades regionais.
Em termos percentuais, de fato, a cidade que teve o maior aumento de habitantes estrangeiros neste últimos anos foi Ferrara aumento de 15,7% (cerca de 2.104 pessoas), seguida por Piacenza (+ 13,1% - 2.820 pessoas), Rimini (+ 12,9% - 2.253 pessoas, Forlì-Cesena (+ 12,4% - a 2.845 pessoas), Ravenna (+ 12,2% - 2.831 pessoas) e Parma (+ 10,2% - 3.152 pessoas).
O último dado a considerar e que confirma uma tendência, é o maior crescimento de moradores do sexo feminino que aumentou de 11,1% enquanto que o sexo masculino aumentou de 9,1%, com um equilíbrio em comparação as primeiras ondas migratórias com forte presença masculina.
A Emilia-Romagna continua a ser a primeira dentre as regiões na Itália com o maior percentual de imigrantes.