A caveja era uma peça de sustentação e tração do carro agrícola, significando trabalho e prosperidade. As representações das Cavéie mudam de lugar para lugar.
Os anéis redondos ou quadrangulares da caveja devem soar vivos. Quanto mais numerosos os anéis, mais prestigioso é a caveja.
Como o som de cada caveja era diferente, os camponeses reconheciam, sem ver, a carroça que passava.
Ao longo do temo a caveja assumiu também na cultura popular um simbolismo mágico, sacro religioso (propiciatórias). Afugentava temporais e intempéries que poderiam afetar as plantações e a colheita, previa com antecedência o sexo do nascituro, era auspicioso nas casas dos recém-casados, protegia as pessoas dos maus-olhados, atraia a capturava abelhas e outros milagres semelhantes. Além disso, durante a Semana Santa, as argolas do caveja eram amarradas de quinta-feira a sábado santo, como se fazia nos sinos das igrejas.
Antigamente era costume, no final de fevereiro, homenagear com uma caveja à mais bela das moças que dançavam ao redor das fogueiras acesas nos campos.
